Perguntas Frequentes
Muita gente ainda confunde o que é o CRAS e o que é o PAIF — e não é por acaso! Esses dois nomes vivem juntos nas falas da Assistência Social, e a verdade é que eles se complementam na missão de garantir direitos e fortalecer famílias. Mas afinal, o que cada um faz? Vamos te explicar de um jeito simples e direto!
CRAS: Unidade descentralizada no território
PAIF: O serviço obrigatório do CRAS. Usando uma metáfora: “ O coração que bate dentro do CRAS”
Dentro do CRAS, diferentes serviços podem ser ofertados, mas o serviço essencial que organiza e estrutura o trabalho social do CRAS é o PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família).
É por meio dele que as famílias participam de atendimentos, atividades em grupo, oficinas, rodas de conversa, visitas domiciliares e muito mais. O foco é fortalecer os vínculos familiares e comunitários, fomentar participação, conhecer territórios, articular a rede territorial, enfrentar junto com a comunidade as desproteções sociais, promover o acesso a direitos e prevenir situações de risco social.
Em outras palavras: o CRAS é o lugar, o PAIF é o que acontece dentro dele.
Resumindo a diferença:
CRAS: É unidade, a estrutura da assistência social no território.
PAIF: É o serviço oferecido dentro do CRAS, voltado para o fortalecimento das famílias.
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) é a principal porta de entrada da população aos direitos socioassistenciais no Brasil. Ele faz parte da Proteção Social Básica do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e tem como objetivo apoiar as famílias em suas trajetórias, especialmente aquelas em situação de desproteção social.
O PAIF executa o trabalho social com famílias e territórios, realizado de forma contínua e próxima, com o objetivo de fortalecer os laços familiares e comunitários, prevenir situações de risco e garantir o acesso a direitos fundamentais. Ao reconhecer as famílias como sujeitos de direitos e protagonistas de suas histórias, o serviço busca contribuir para a justiça social e o combate às desigualdades. A concepção de território adotada pela política de assistência social compreende não apenas como uma circunscrição geográfica, mas como um espaço intimamente associado à noção de pertencimento social, implicado no reconhecer dos sujeitos e nos diferentes usos de um lugar. Dessa forma, não é possível pensar em trabalho social com famílias sem considerar a relação orgânica entre os conceitos de matricialidade sociofamiliar e território.
É preciso olhar para as famílias a partir de seus territórios , em suas dimensões objetivas e subjetivas, os vazios protetivos, as interseccionalidades, seus ativos e potencialidades. Nesse sentido, as desproteções do território devem pautar o Trabalho Social com Famílias e Territórios.
Entre suas ações estão: Busca ativa, a acolhida das famílias no CRAS , escuta qualificada, visitas domiciliares, rodas de conversa, articulação de redes, ações comunitárias e encaminhamentos para políticas públicas. O PAIF deve desenvolver atividades na dimensão coletiva e participativa que estimulem a autonomia, a cidadania e o bem viver. Todas as atividades são pautadas e orientadas a partir do conhecimento do território.
O PAIF tem um caráter preventivo, protetivo e proativo, apostando na potência das famílias do território e das comunidades, para coletivamente superarem desafios e construírem condições mais justas e dignas de vida, participando ativamente da transformação de suas realidades.
Ao promover o acesso a direitos e fortalecer vínculos, o PAIF reafirma o compromisso do SUAS com a garantia de direitos, a inclusão social e a defesa da vida.
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) nasceu do reconhecimento de uma realidade urgente e complexa: as vulnerabilidades que afetam as famílias são multidimensionais : Não se limitam à pobreza financeira, e envolvem questões sociais, afetivas, culturais e relacionais.
Antes de se tornar um serviço nacional, o PAIF passou por experiências precursoras:
Em 2001, foi criado o Núcleo de Apoio à Família (NAF), uma proposta inicial de apoio mais amplo às famílias em vulnerabilidade.
Em 2003, o governo federal lançou o Plano Nacional de Atendimento Integrado à Família (PNAIF), aprofundando essa perspectiva de integração das políticas públicas no atendimento às famílias.
E em 2004, com a organização do SUAS e a definição das Proteções Sociais Básica e Especial, o então Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome criou o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), já com o objetivo de estruturar um atendimento mais permanente e articulado.
O Decreto nº 5.085 da Presidência da República reconheceu o PAIF como uma ação continuada da Assistência Social, ou seja, uma ação da política pública permanente e com financiamento federal.
Posteriormente na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais ( 2009), que estabeleceu as tipologias dos serviços socioassistenciais do SUAS , o PAIF foi ratificado e passou a se chamar oficialmente Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, mantendo a sigla PAIF, e reafirmando seu papel como serviço essencial da Proteção Social Básica.
Essa trajetória mostra como o PAIF se consolidou como um instrumento fundamental do Estado brasileiro para a atuação descentralizada nos territórios . Ele representa a presença concreta do poder público na vida das famílias, buscando garantir direitos, reduzir desigualdades, enfrentar a pobreza e a fome, e criar condições para que cada família possa viver com dignidade.
Na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a família é reconhecida como núcleo central da proteção social. Mas diferente de uma visão tradicional e rígida, a política adota uma concepção ampla, inclusiva e respeitosa da diversidade.
Para a Assistência Social, família é qualquer grupo de pessoas unidas por laços consanguíneos, afetivos e/ou de solidariedade. Ou seja, não importa a forma como está composta — seja por pais, mães, avós, tios, irmãos, parceiros(as) ou outros arranjos familiares — o que importa são os vínculos e as relações que ali se constroem.
A PNAS entende a família como um espaço de cuidado, afeto e proteção, mas também reconhece suas contradições e desafios. Afinal, é nesse espaço que se manifestam tantas relações de apoio quanto conflitos, desigualdades e, muitas vezes, situações de vulnerabilidade.
Por isso, a política pública de Assistência Social não idealiza a família, mas a valoriza como um espaço essencial para a convivência e o desenvolvimento das pessoas, sendo um ponto de partida para ações de proteção, fortalecimento de vínculos e acesso a direitos.
A matricialidade socio familiar é uma diretriz estruturante do SUAS. As condições de vida de cada indivíduo dependem menos de sua situação específica que daquela que caracteriza sua família. As vulnerabilidades das famílias , por sua vez estão relacionadas a arranjos familiares e aos ciclos de vida das famílias e à suas características ligadas a marcadores sociais como gênero, raça , etnia, orientação sexual etc .
Na sociedade brasileira, dada as desigualdades características de sua estrutura social, e o alto grau de estigmas e preconceitos à famílias vulnerabilizadas é importante não individualizar, nem responsabilizar as famílias pelas situações de vulnerabilidade que enfrentam.
Em resumo, a PNAS reconhece a família como sujeito de direitos e como lócus nas ações da proteção social, respeitando sua pluralidade, acolhendo suas demandas e oferecendo apoio para que possam fortalecer sua capacidade protetiva de seus membros.
Sim! O PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) foi oficialmente reconhecido como um serviço de ação continuada da Assistência Social desde o dia 19 de maio de 2004, por meio do Decreto nº 5.085/2004.
Mas o que isso quer dizer, na prática?
Significa que o PAIF não é um projeto temporário ou pontual — ele faz parte de uma política pública permanente, que deve funcionar de forma regular e contínua em todo o país, com cofinanciamento garantido pelo Governo Federal, estados e municípios
Esse reconhecimento é fundamental para dar segurança às famílias atendidas e garantir que os municípios mantenham os serviços ativos, com equipe técnica, planejamento e estrutura adequados.
E como isso se organiza no Financiamento Federal?
A Portaria nº 116/2013, que trata do Piso Básico Fixo (PBF) — recurso financeiro federal destinado à proteção social básica —, estabelece quais ações devem ser financiadas e realizadas exclusivamente pelos CRAS, tendo como base a Norma Operacional Básica do SUAS (NOB/SUAS).
Entre essas ações, estão:
✔ Acolhida e escuta das famílias
✔ Atendimentos e acompanhamento individuais e em grupo
✔ Atividades comunitárias de participação, de fortalecimento de vínculos e de mobilização social.
✔ Encaminhamentos para outras políticas públicas
✔ Articulação com a rede de proteção local
Muitas pessoas se perguntam como os municípios conseguem recursos do Governo Federal para manter serviços essenciais como o PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família). A resposta está em um processo técnico, que busca garantir justiça, transparência e qualidade na distribuição dos recursos.
Mas afinal, como funciona a solicitação do cofinanciamento federal para o PAIF?
📌 1. Tudo começa com a disponibilidade orçamentária
Antes de qualquer coisa, o Governo Federal precisa ter recursos disponíveis no orçamento para ampliar ou manter o repasse aos municípios, estados e ao Distrito Federal. Isso significa que nem sempre haverá novas expansões — tudo depende da previsão orçamentária nacional.
📊 2. A distribuição dos recursos segue critérios técnicos e pactuados
O cofinanciamento do PAIF segue as regras estabelecidas pela:
NOB/SUAS (Norma Operacional Básica do SUAS)
LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), art. 18, inciso IX
PNAS (Política Nacional de Assistência Social) de 2004
Essas normativas definem que a partilha dos recursos deve considerar critérios objetivos e justos, como:
✅ Porte populacional do município
✅ Proporção da população em situação de vulnerabilidade social
✅ Indicadores sociais, econômicos e demográficos
✅ Cobertura atual dos serviços socioassistenciais no território
🤝 3. Quem define os critérios?
Todos os critérios de partilha dos recursos são pactuados na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne os três níveis de gestão do SUAS:
União – representada pela Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS)
Estados – representados pelo FONSEAS (Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social)
Municípios – representados pelo CONGEMAS (Colegiado Nacional de Gestores Municipais da Assistência Social)
Esse diálogo entre as instâncias garante que a distribuição dos recursos seja técnica, democrática e transparente, respeitando as realidades locais.
📣 4. E como o município sabe se será contemplado?
Quando há previsão de expansão, os municípios que estiverem dentro dos critérios pactuados pela CIT são automaticamente selecionados e comunicados oficialmente pelo Ministério responsável. Ou seja, não é preciso fazer um pedido formal, mas sim estar com toda a documentação em dia e cumprir os requisitos exigidos.
⚠️ Atenção: Atualmente, não há previsão de novas expansões para o cofinanciamento do PAIF. Mas os municípios devem manter-se atualizados, com seus conselhos, planos e fundos estruturados, pois assim estarão prontos para serem contemplados quando houver novas oportunidades.
Uma dúvida muito comum quando falamos sobre o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) é: onde ele deve ser oferecido?
A resposta é direta e importante:
🔹 O PAIF deve ser ofertado exclusivamente dentro do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).
Ou seja, não existe CRAS sem PAIF — e não existe PAIF fora do CRAS. Eles caminham juntos, formando a base da proteção social básica no Brasil.
🚫 O PAIF não pode ser terceirizado ou privatizado
O PAIF é um serviço eminentemente público e estatal, o que significa que não pode ser executado por entidades privadas/Organizações da sociedade civil. A gestão e a oferta devem ser feitas diretamente pelo poder público municipal, por meio da equipe técnica que atua no CRAS.
Essa exclusividade é fundamental para garantir que o serviço seja oferecido com base em princípios de universalidade, equidade, gratuidade e controle social, conforme prevê o Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
🏛️ Em resumo:
✔️ O PAIF é obrigatoriamente ofertado no CRAS
✔️ É um serviço 100% público e estatal
❌ Não pode ser executado por entidades privadas/organizações da sociedade civil.
💡 É um direito das famílias e um dever estatal garantir sua oferta com qualidade.
O CRAS atende todas as famílias que residem em seu território de abrangência.
Você sabia que a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) garante cinco seguranças fundamentais para proteger as famílias brasileiras, principalmente aquelas em situação de vulnerabilidade? Essas seguranças não são apenas conceitos técnicos — elas representam direitos reais que ajudam a construir uma vida com mais dignidade, proteção e oportunidades.
Vamos entender cada uma delas de forma simples?
- Segurança de Acolhida: ser bem recebido faz toda a diferença!
É o direito de ser acolhido com respeito, escuta qualificada e apoio profissional, principalmente em momentos difíceis. Essa segurança é garantida em locais públicos como o CRAS, especialmente nos territórios mais vulneráveis. Ali, você encontra orientações, informações, apoio, acesso a benefícios sociais e até atividades que fortalecem sua autoestima e vínculos comunitários.
- Segurança de Renda: ninguém vive com dignidade sem o básico
Essa segurança se refere ao direito de ter condições mínimas de sobrevivência, especialmente para quem não está incluído na previdência ou no mercado de trabalho. Isso é garantido por meio do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e de auxílios financeiros, como os benefícios eventuais, que ajudam a enfrentar momentos de crise ou emergência.
- Segurança de Convívio Familiar e Comunitário: ninguém vive bem sozinho
Aqui, o foco está no fortalecimento dos laços familiares e sociais. Através de serviços e ações continuadas, a assistência social promove oportunidades de convívio, escuta, partilha de experiências e apoio à convivência entre gerações, vizinhos e membros da comunidade. A ideia é que todo mundo tenha uma rede de apoio para crescer junto.
- Segurança de Desenvolvimento da Autonomia: ser protagonista da própria história
A assistência social também aposta no seu potencial de transformação. Essa segurança está ligada ao acesso a ações que desenvolvem capacidades, habilidades, cidadania e liberdade. O objetivo é que você possa tomar decisões com mais confiança, conquistar sua independência e fortalecer seus projetos de vida.
- Segurança de Sobrevivência a Riscos Circunstanciais: apoio nos momentos mais difíceis
Em emergências, calamidade ou crises imprevistas, como desastres naturais ou perda de renda repentina, a assistência social oferece apoio imediato, como cestas básicas, ajuda financeira ou outros recursos materiais. Esses são os chamados benefícios eventuais, voltados para garantir o mínimo necessário enquanto a família se reestrutura.
Na trilha 2 do PAIF está bem explicado que vulnerabilidade articula-se frequentemente com a ideia de risco e, de maneira geral, os riscos incorporam uma variedade de situações: riscos naturais (como terremotos e demais desastres naturais), riscos de saúde (doenças, acidentes, epidemias e deficiências), riscos ligados ao ciclo de vida (nascimento, maternidade, velhice, morte e ruptura familiar), riscos sociais (crime, violência doméstica, terrorismo e exclusão social), riscos econômicos (choques de mercado e riscos financeiros), riscos ambientais (poluição, desmatamento, desastre nuclear e desastres ambientais), riscos políticos (discriminação, golpes de estado e revoltas).
O SUAS, na Proteção Social Básica, trabalha na identificação de vulnerabilidades sociais para prevenir e evitar que essas situações resultem em riscos sociais e violações de direitos. Documentos normativos e de orientação do SUAS ressaltam que a vulnerabilidade aumenta a exposição ao risco. Por outro lado, ações para reduzi-la também podem contribuir para a prevenção de riscos sociais.
Também o enfoque da vulnerabilidade se baseia na multidimensionalidade das privações, ressaltando como os fatores de desproteção se encontram associados e interagem entre si. A NOB-SUAS (Norma Operacional Básica do SUAS) traz uma série de indicadores que ajudam a identificar essas situações — e entender isso é essencial para garantir que o apoio chegue a quem realmente precisa.
Vamos descomplicar?
⚠️ O que pode indicar vulnerabilidade social?
De acordo com a NOB-SUAS, são diversos os elementos que apontam situações de maior fragilidade. Veja alguns deles:
-Famílias com infraestrutura precária: moradias sem saneamento, energia elétrica, água tratada ou em áreas de risco.
-Presença de crianças, adolescentes, idosos ou pessoas com deficiência vivendo com renda familiar de até meio salário-mínimo por pessoa.
-Responsáveis pela família analfabetos ou com baixa escolaridade, o que pode limitar o acesso ao mercado de trabalho.
-Mulheres como chefes de família sem cônjuge, muitas vezes acumulando responsabilidades sem rede de apoio.
-Desemprego entre os responsáveis familiares, gerando insegurança financeira.
-Trabalho infantil ou crianças e adolescentes fora da escola, o que compromete o desenvolvimento e a proteção de direitos.
-Esses são apenas alguns exemplos, mas eles já ajudam a mostrar como as condições de vida podem afetar o bem-estar e o futuro de uma família.
🔄 Por que isso importa?
O enfoque da vulnerabilidade se baseia na multidimensionalidade das privações, ressaltando como os fatores de desproteção se encontram associados e interagem entre si. Esses elementos, quando se somam, podem indicar uma reprodução da pobreza e outras vulnerabilidades entre gerações, ou seja, quando as dificuldades enfrentadas pelos pais se repetem nos filhos e netos. Por isso, conhecer o território e como ele também reproduz as vulnerabilidades é fundamental para que os serviços socioassistenciais, como o PAIF, possam atuar de forma direcionada, eficaz e justa.
No PAIF, o Trabalho Social com Famílias e Territórios (TSFT) é muito mais do que uma simples ação isolada .
Na trilha 1 o TSFT está definido como “um conjunto de procedimentos efetuados a partir de pressupostos éticos, conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo, que atua no âmbito das relações sociais, orientado para processos de mudanças nas condições de vida das famílias e centrado na relação organicamente constituída das famílias com seus territórios, assegurando o convívio familiar e comunitário a partir do seu reconhecimento como sujeito de direitos”.
Mas o que isso significa na prática?
🌍 Famílias e territórios: uma relação que não pode ser separada
O TSFT parte do entendimento de que as famílias estão profundamente ligadas aos seus territórios — ou seja, aos lugares onde vivem, convivem e constroem suas histórias. Isso inclui a comunidade, os vizinhos, as instituições locais e todo o contexto social ao redor.
O trabalho social reconhece as famílias como sujeitos de direitos, considerando seu modo de vida, cultura e necessidades específicas dentro desse território.
🔄 Um trabalho orientado para a mudança e fortalecimento
O foco do TSFT é promover ações coletivas e fomentar a mobilização, de modo que efetivamente ajude as famílias a transformar suas condições de vida, por meio da realização de intervenções que respeitam e valorizam suas relações comunitárias e familiares. Isso envolve:
-Promover o convívio familiar e comunitário, fortalecendo vínculos e redes de apoio;
-Atuar com base em conhecimentos técnicos e metodologias específicas, que respeitam a ética e os direitos humanos;
-Apoiar as famílias para que sejam protagonistas de suas próprias histórias e das transformações em seu território.
💡 Por que esse trabalho é fundamental?
Porque nenhuma família vive isolada — suas conquistas e desafios estão sempre ligados ao contexto social e comunitário onde estão inseridas. O trabalho social com famílias e territórios, então, é a base para construir políticas públicas mais eficazes, inclusivas e que contribuem para a transformação social.
Quando falamos de Assistência Social, é fundamental entender que seu principal campo de atuação são as desproteções sociais — ou seja, as situações que expõem pessoas e famílias a condições de vulnerabilidade e privação de direitos.
Qual é o papel do PAIF diante das desproteções sociais?
Posicionar nossa atuação no campo das desproteções sociais nos convida a refletir sobre a responsabilidade do Estado em garantir proteção social efetiva, que esteja à altura das dificuldades enfrentadas pelas famílias brasileiras. Para que isso aconteça, é preciso conhecer e reconhecer as diversas formas de desproteção que atingem a coletividade — e é justamente esse o ponto de partida para a política pública de Assistência Social atuar.
Desproteções materiais: o desafio da sobrevivência
As desproteções relacionadas ao campo material envolvem tudo o que diz respeito à sobrevivência física e econômica das pessoas. São as situações em que faltam recursos básicos para a vida digna, como alimentação adequada, moradia, acesso à saúde e renda suficiente. Essas condições comprometem a existência e o bem-estar das famílias.
Desproteções relacionais: o impacto nas relações sociais
Além das condições materiais, existem as desproteções relacionais, que dizem respeito à forma como as pessoas vivem suas relações no dia a dia. Essas desproteções negam o direito à convivência digna, respeitosa e cidadã, e estão associadas a situações de preconceito, violência, isolamento social, abandono, exclusão e conflitos que enfraquecem os vínculos familiares e comunitários.
Por que é importante entender essas desproteções?
Só a partir do conhecimento profundo dessas realidades, o PAIF pode planejar e executar políticas que realmente atendam às necessidades da população vulnerável, promovendo a inclusão social, a proteção e a garantia dos direitos.
A Equipe Volante é uma equipe de referência adicional, que integra um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em funcionamento. Ela não substitui o CRAS e não é um CRAS itinerante.
É formada por profissionais da assistência social que têm a missão de chegar até famílias que vivem em locais de difícil acesso, como comunidades rurais, indígenas, quilombolas, assentamentos ou até regiões ribeirinhas.
Enquanto o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) é a unidade física que organiza e oferta os serviços da Proteção Social Básica no território, a Equipe Volante funciona como uma extensão desse CRAS.
Com a equipe volante o CRAS amplia sua presença no território e garante que os direitos cheguem até as pessoas, fortalecendo vínculos, promovendo inclusão e que rompe barreiras geográficas.
Como funciona o trabalho da equipe volante?
O trabalho é planejado, contínuo e sempre de acordo com as especificidades de cada território. Entre as principais atividades, estão:
- Busca ativa: identificar e acolher famílias em situação de vulnerabilidade.
- PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família): realizar atendimentos individuais e coletivos, rodas de conversa, oficinas, mobilizações comunitárias e acompanhamento familiar.
- Encaminhamentos: Para o cadastro único e quando necessário, direcionar para a rede socioassistencial, Proteção Social Especial ou outras políticas públicas, como saúde, educação e acesso à renda.
Como a Gestão organiza a atuação da equipe volante nos territórios?
Para que a Equipe Volante funcione bem, é importante que a gestão municipal organize alguns pontos, como:
- Definir os territórios prioritários a partir de diagnóstico socioterritorial.
- Estruturar a Vigilância Socioassistencial, produzindo informações sobre vulnerabilidades locais.
- Garantir meios de deslocamento (carros ou Lanchas da Assistência Social).
- Disponibilizar os materiais necessários para as atividades (oficinas, esporte, mala brincante etc.).
- Oferecer pontos de apoio nos territórios, quando necessário, inclusive com possibilidade de pernoite da equipe.
- Promover a articulação intersetorial, envolvendo outras áreas e políticas públicas.
- Definir formas de avaliação e monitoramento das ações realizadas.
FALE COM O MINISTÉRIO
Serviços e Programas da Proteção Social Básica no SUAS


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