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Povos e Comunidades Tradicionais

Os povos e comunidades tradicionais (PCTs) constituem grupos populacionais com identidade cultural distintiva, fundamentada em relações de ancestralidade, formas próprias de organização social e uma profunda conexão com seus territórios tradicionais. Esses grupos desenvolveram, ao longo de gerações, sistemas sustentáveis de uso e manejo dos recursos naturais, os quais são centrais para a sua reprodução física, cultural e econômica. Apesar de sua imensa contribuição para a diversidade sociocultural e a conservação ambiental do país, historicamente estes grupos enfrentaram processos de invisibilização e negação de seus direitos.

Neste contexto, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) tem avançado no desafio de consolidar um atendimento socioassistencial culturalmente sensível às diferenças destes povos. O objetivo é garantir que os serviços, programas, projetos e benefícios não apenas estejam acessíveis, mas sejam ressignificados para respeitar e dialogar com as especificidades de cada povo, assegurando que o trabalho social seja efetivamente diferenciado para esses públicos.

Fonte: Mariana Parente

Alinhada a essa diretriz, a CGPACD insere-se no esforço nacional de qualificação da rede socioassistencial. Parte da nossa atuação concentra-se na promoção de estratégias de abordagem qualificada e no desenvolvimento de metodologias que orientem as equipes técnicas no acolhimento, no reconhecimento das identidades e na construção conjunta de soluções com os PCTs, visando a plena efetivação de seus direitos no âmbito da política de assistência social.

Visando cumprir esse objetivo, a coordenação está engajada nas atividades do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais – CNPCT, que inclui representantes e lideranças dos grupos de:

Fonte: Eco Nordeste

1. Povos Indígenas
Grupos originários do território brasileiro cococm organização social, línguas e culturas próprias, vinculados a territórios tradicionais anteriores à colonização. Exemplos: Yanomami, Guarani, Tapeba e Tremembé.

Fonte: Diário do Nordeste

2. Comunidades Quilombolas
Grupos com trajetória histórica própria, formados por descendentes de africanos escravizados no território brasileiro, que resistiram pela ocupação de territórios e preservação de tradições. Titulação garantida pela Constituição de 1988.

Fonte: Diário do Nordeste

3. Povos de Matriz Africana / Comunidades de Terreiro
Comunidades que preservam religiões e culturas de origem africana com territórios simbólicos em terreiros, nestes grupos há forte liderança feminina.

Fonte: Brasil de Fato

4. Povos Ciganos
Grupos com que historicamente possui identidade nômade ou seminômade, de origem indiana, organizados em clãs. Principais grupos no Brasil são: Calon, Rom e Sinti.

Fonte: Brasil de Fato

5. Pescadores Artesanais
Comunidades que dependem da pesca em rios, lagos ou mar, usando técnicas tradicionais e transmitidos entre gerações, geralmente se organizam em cooperativas ou associações.

Fonte: Ciclo Vivo

6. Extrativistas
Populações que vivem do manejo sustentável de recursos da floresta (como borracha, castanhas e óleos vegetais), frequentemente organizadas em associações e cooperativas.

Fonte: Site do Senado Federal

7. Extrativistas Costeiros e Marinhos
Comunidades litorâneas que combinam pesca, coleta de moluscos e manejo de manguezais, como as marisqueiras.

Fonte: Eco Trilhas

8. Caiçaras
Habitantes do litoral sul-sudeste com modo de vida baseado na pesca, agricultura de roçado e conhecimentos sobre mata Atlântica.

Fonte: Repórter Brasil

9. Faxinalenses
São comunidades tradicionais que praticam um sistema coletivo de uso da terra: animais criados solto em áreas comuns, combinado com roçados familiares. Organizam-se por assembleias e mantêm forte identidade cultural (festas, música, artesanato). Sua existência representa um modelo de vida sustentável e cooperativa em equilíbrio a floresta.

Fonte: Portal das Missões

10. Benzedeiros
Guardiões de saberes tradicionais de cura baseados em rezas, ervas e ritos, presentes em zonas rurais e urbanas.

Fonte: ecoa.org

11. Ilhéus
Populações de ilhas fluviais ou costeiras com modos de vida adaptados ao isolamento e aos ciclos de cheias e marés.

Fonte: Repórter Brasil

12. Geraízeiros
São povos tradicionais do cerrado mineiro que desenvolvem agricultura familiar e criação de animais adaptadas ao bioma, mantendo uma relação sustentável com o ambiente. Sua organização inclui o uso coletivo da terra e a comercialização de excedentes em feiras locais.

Fonte: Projeto Colabora

13. Raízeiros
Especialistas no manejo e coleta de raízes e plantas medicinais. Dispõe de grande conhecimento de recursos naturais e espiritualidade para curar as pessoas através de diversas técnicas como benzimento, banhos, remédios caseiros entre outros.

Fonte: Museu vivo

14. Caatingueiros
Populações do semiárido que desenvolveram técnicas de convivência com a seca, como manejo da caatinga e armazenamento de água.

Fonte: Pamilla Vilas Boas

15. Vazanteiros
Agricultores de várzeas fluviais (ex.: Rio São Francisco) que plantam conforme o ciclo natural de cheias e secas de rios, lagos e lagoas.

Fonte: museuvivodospovosmg

16. Veredeiros
Veredeiros são comunidades tradicionais do Cerrado que mantêm uma relação sustentável com as veredas – áreas úmidas do bioma caracterizadas pela presença de buritizais. Sua subsistência baseia-se no extrativismo do buriti (que é usado em artesanato e construções), na agricultura rotativa em campos úmidos e na criação extensiva de gado, adaptada aos ciclos de chuva e seca.

Fonte: Terra de Direitos

17. Apanhadores de Flores Sempre-Vivas
Coletores de flores nativas da Serra do Espinhaço (MG), com sistemas de manejo coletivo e rotativo.

Fonte: Terra de Direitos

18. Pantaneiros
Populações do Pantanal que interam criação de gado, pesca e possuem grandes conhecimentos sobre ciclos de cheia e seca.

Fonte: noticiasdechapada.com.br

19. Morroquianos
Comunidades de Morro do Chapéu (BA) com forte identidade territorial e resistência cultural.

Fonte: Midia Cidadã

20. Povo Pomerano
Descendentes de imigrantes alemães no Espírito Santo e Rio Grande do Sul, com língua própria (Pomerano) e agricultura familiar.

Fonte: Assembleia Legislativa de Sergipe

21. Catadores de Mangaba
Mulheres do litoral nordestino que coletam mangabas em áreas de restinga, frequentemente organizadas em associações e cooperativas.

Fonte: Brasil de Fato

22. Quebradeiras de Coco Babaçu
Mulheres do Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará que extraem coco babaçu e lutam pelo livre acesso aos babaçuais.

Fonte: Brasil de Fato

23. Retireiros do Araguaia
Grupos que praticam a pecuária extensiva em áreas de ilhas fluviais durante a seca, no Mato Grosso.

Fonte: Brasil de Fato

24. Comunidades de Fundo e Fecho de Pasto
Baianos e mineiros que usam áreas coletivas (“fundos”) para criação de gado solto, com gestão comunitária.

Fonte: Agência Brasil

25. Ribeirinhos
Populações de beiras de rios da Amazônia e outros biomas, com modos de vida baseados em pesca, roçados e extrativismo.

Fonte: Globo Ecologia - Youtube

26. Cipozeiros
Coletores de cipó-titica (usado em artesanato) na região Amazônia, com técnicas de manejo sustentável.

Fonte: Globo Ecologia - Youtube

27. Andirobeiras
Extrativistas da Amazônia que coletam sementes de andiroba para produção de óleo medicinal e cosmético.

Fonte: Biblioteca IBGE

28. Caboclos
São populações tradicionais da Amazônia cujo modo de vida está baseado no uso sustentável da floresta. Com conhecimentos transmitidos por gerações, eles mantêm uma relação de harmonia com os ciclos naturais.

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